Water, The Great Mystery

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

RESPIRAR


Eckhart Tolle
Podemos descobrir o espaço interior criando lacunas no fluxo de pensamentos.
Sem elas, o pensamento se torna repetitivo, desprovido de inspiração, sem nenhuma centelha criativa - e é assim que ele é para a maioria das pessoas. Não precisamos nos preocupar com a duração dessas lacunas. Alguns segundos bastam.
Aos poucos, elas irão aumentar por si mesmas, sem nenhum esforço de nossa parte. Mais importante do que fazer com que sejam longas é cria-las com frequência para que nossas atividades diárias e nosso fluxo de pensamento sejam entremeados por espaços.
Certa ocasião alguém me mostrou a programação anual de uma grande organização espiritual. Quando a examinei, fiquei impressionado pela rica seleção de seminários e palestras interessantes. A pessoa me perguntou se eu poderia recomendar uma ou duas atividades.
"Não sei, não. Todas elas me parecem muito interessantes. Mas eu conheço esta: tome consciência da sua respiração sempre que puder, toda vez que se lembrar. Faça isso durante um ano e terá uma experiência transformadora bem mais forte do que a participação em qualquer uma dessas atividades. E é de graça."
Tomar consciência da respiração faz com que a atenção se afaste do pensamento e produz espaço. É uma maneira de gerar consciência. Embora a plenitude da consciência já esteja presente como o não-manifestado, estamos aqui para levar a consciência a essa dimensão.
Tome consciência da sua respiração.
Observe a sensação do ato de respirar. Sinta o movimento de entrada e saída do ar ocorrendo em seu corpo. Veja como o peito e o abdômen se expandem e se contraem ligeiramente quando você inspira e expira.
Basta uma respiração consciente para produzir espaço onde antes havia a sucessão ininterrupta de pensamentos.
Uma respiração consciente (duas ou três seria ainda melhor) feita muitas vezes ao dia é uma maneira excelente de criar espaços em sua vida. Mesmo que você medite sobre sua respiração por duas horas ou mais, o que é uma prática adotada por algumas pessoas, uma respiração basta para deixa-lo consciente. O resto são lembranças ou expectativas, isto é, pensamentos.
Na verdade, respirar não é algo que façamos, mas algo que testemunhamos.
A respiração acontece por si mesma.
Ela é produzida pela inteligência inerente ao corpo.
Portanto, basta observá-la.
Essa atividade não envolve nem tensão nem esforço. Além disso, note a breve suspensão do fôlego - sobretudo no ponto de parada no fim da expiração - antes de começar a inspirar de novo. Muitas pessoas tem a respiração curta, o que não é natural. Quanto mais tomamos consciência da respiração, mais sua profundidade se estabelece sozinha.
Como a respiração não tem forma própria, ela tem sido equiparada ao espírito - a Vida sem uma forma específica - desde tempos ancestrais.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida; e o homem se tornou um ser vivente."
A palavra alemã para respiração - atmen - tem origem no termo sânscrito Atman, que significa o espírito divino que nos habita, ou o Deus interior.
O fato de a respiração não ter forma é uma das razões pelas quais a consciência da respiração é uma maneira eficaz de criar espaços na nossa vida, de produzir consciência. Ela é um excelente objeto de meditação justamente porque não é um objeto, não tem contorno nem forma.
O outro motivo é que a respiração é um dos mais sutis e aparentemente insignificantes fenômenos, a "menor coisa", que, segundo Nietzsche, constitui a "melhor felicidade".
Cabe a você decidir se vai ou não praticar a consciência da respiração como verdadeira meditação formal. No entanto, a meditação formal não substitui o empenho em criar a consciência do espaço na sua vida cotidiana.
Ao tomarmos consciência da respiração, nos vemos forçados a nos concentrar no momento presente - o segredo de toda a transformação interior, espiritual.
Sempre que nos tornamos conscientes da respiração, estamos absolutamente no presente. Percebemos também que não conseguimos pensar e nos manter conscientes da respiração ao mesmo tempo.
A respiração consciente suspende a atividade mental. No entanto, longe de estarmos em transe ou semi-despertos, permanecemos acordados e alertas. Não ficamos abaixo do nível do pensamento, e sim acima dele.
E, se observarmos com mais atenção, veremos que essas duas coisas - nosso pleno estado de presença e a interrupção do pensamento sem a perda da consciência - são, na verdade a mesma coisa: o surgimento da consciência do espaço.
Direitos Autorais:
Fonte: http://stelalecocq.blogspot.com/2014/01/eckhart-tolle-respiracao.html
pg. 211 do livro O Despertar de uma Nova Consciência de Eckhart Tolle - Ed. Sextante

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O Fim da Dualidade


Colocado por: Pedro Elias em Segunda, 18 Junho 2012 em Novo Paradigma


“A luz e as trevas, a vida e a morte, as coisas da direita e aquelas da esquerda, elas são irmãs entre si. Não é possível que se separem. Por isso, nem os bons são bons, nem os maus são maus, nem a vida é vida, nem a morte é morte.” (Evangelho de Filipe)


A dualidade processa-se pelo confronto dos opostos, num atrito constante que vai depurando a substância. Essa é a razão porque a Ciência Esotérica fala do Fogo Fricativo como sendo o Fogo principal nos mundos materiais. Esse jogo dual, tal qual como um tabuleiro de xadrez onde as peças interagem nas experiências necessárias à evolução do mundo, é aquilo que os orientais chamam de Maya, a grande ilusão.


Perceber que este jogo não tem por si só realidade concreta, mas que são aqueles que envolvidos neste lhe atribuem essa realidade, é o primeiro passo para que o jogo termine.


Ao longo dos séculos, em encarnações sucessivas, fizemos parte desse jogo, assumindo posições nos dois lados do tabuleiro. Fomos peões brancos e pretos, cavaleiros da luz e da sombra. Fomos bispos, torres e, em alguns casos, reis e rainhas dos dois lados do tabuleiro, alternando ao sabor das vidas consoante as experiências que necessitávamos em função da evolução do próprio jogo. Passámos pelos dois lados e em cada um deles cumprimos o que tínhamos que realizar. Não fomos piores por fazermos parte das hostes negras, nem melhores por estarmos ao serviço das forças brancas. Limitámos-nos a jogar o jogo, movimentando-nos pelo tabuleiro no cumprimento das regras estabelecidas e que sempre foram iguais para os dois lados.


Sobre esse tabuleiro, todos estes personagens criaram as suas estratégias e jogaram na tentativa de um xeque-mate final que fizesse valer as suas hostes sobre as do adversário, sendo que os actores por detrás desses personagens passaram pelos dois lados sem pertencerem a nenhum deles. Luz e Sombra sempre foram as partes necessárias desse jogo dual, onde a ilusão nos manteve presos durante tantas encarnações.


Mas hoje o jogo tem que terminar. Não lá fora no mundo, pois o mundo cumpre apenas a sua função como tabuleiro necessário para que o jogo aconteça, mas dentro de cada um de nós. É isso que os novos tempos nos pedem.


Julgar que esse Novo que está para chegar irá retirar desse tabuleiro de xadrez as peças pretas, deixando apenas as brancas, é mais uma ilusão. Sem as peças pretas o jogo de xadrez não tem como acontecer, ficando as brancas sem utilidade. Ou o jogo existe, e dentro do contexto do mesmo, ambos os lados se manifestam em igualdade, pois nenhum deles é mais importante que o outro, ou o jogo simplesmente deixa de existir e nesse caso tanto as peças pretas quanto as brancas deverão ser guardadas, em conjunto, dentro da mesma caixa e o tabuleiro fechado, ficando apenas aquilo de que tantas vezes fugimos enquanto mergulhados dentro da ilusão desse mesmo jogo que é: A VIDA.


Aspirar à Luz é continuarmos presos na dualidade do mundo e, por isso mesmo, na ilusão. Que aspiremos, sim, à VIDA, à Consciência Pura e Plena, onde não há mais xeque-mates a dar ou a receber, onde não há mais Luz nem Sombra - partes contrárias dessa mesma ilusão -, mas apenas DEUS na unidade de todas as coisas.


E tudo isto é para acontecer dentro de nós, pois será em função dessa transformação que tudo à nossa volta mudará. Só então a dualidade do mundo deixará de ser um instrumento que gera sofrimento para passar a ser um instrumento de pacificação, pois passaremos a aceitar tudo, qualquer oposto, como parte integrante da própria Vida.


Paz Profunda,


Pedro Elias




sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CORAGEM!!!

Queridas Almas, 
Este novo ano de 2014 iniciou, para muitos de nós uma onda de grandes desafios e tormentas. 
Escuto e sinto o desespero dos homens e mulheres e o riso nervoso de quem teme o pior... 
Em Portugal, adensasse a crise, mais desemprego, e o desespero de não saber o dia de amanhã, como alimentar nossos filhos, nutrir as necessidades básicas para que possamos coabitar este planeta em harmonia, respeito e AMOR.
A minha própria viagem, o meu percurso trouxe-me neste momento a situações em que a fé é testada ao limite. Aceitação, entendimento, desprendimento, por tudo o que é velha energia. Nada possuo, além de uma vontade inabalável de continuar a AMAR, caminhando descalça, pelas veredas da vida...
Ao meu  redor, encontro outros, sem recursos, sendo abusados pelos que ainda têm e desesperam por mais. Vejo miséria e tristeza, mas encontrei algo de MUITO PRECIOSO,  a Coragem dos homens, a Fé das mulheres, o sorriso de quem, mesmo assim, continua a acreditar. A chama que mantém o Humano VIVO.

Meus queridos, mantenham a vossa coragem, deem as mãos e não criem resistência à mudança, unam-se a quem quer unir, façam tratos e estabeleçam objetivos. Partilhem ideias, casas e comida, troquem bens e serviços, criem sistemas de comunicação, e acima de tudo, continuem a Amar. Porque a vida que queremos, não se faz de dinheiros e sucessos, faz-se da seiva que corre dentro de nós, o que nos liga e transforma em algo sublime, O SER HUMANO! Um SER que Pertence! E... na sua Plenitude é algo Maior, Belo e Justo.
Não deixem de ACREDITAR, EM VÓS E NO TODO!
SOMOS UM

NAMASTE

Galactic Federation Of Light Guardians of Light July 21 2009